Brasileirão 2025 – Rodada 1 Vasco 2 x 1 Santos

Fonte: Redação Passa Tempo

Com brilho de Vegetti, Vasco vence o Santos de virada

Atacante participa diretamente dos dois gols marcados na vitória em São Januário

O time da virada!

O Vasco começou o Campeonato Brasileiro com uma grande vitória de virada sobre o Santos por 2 a 1, gols de Barreal, Nuno Moreira e Vegetti. O centroavante argentino além de marcar o segundo, foi responsável pelo passe, ambos de cabeça, para o que iniciou a reação.

Santos sai na frente

Vasco e Santos proporcionaram um primeiro tempo animado em São Januário. Os dois times aceleraram bastante o jogo, tentando atacar os espaços na transição e nessa lógica quem teve mais sucesso foi o Santos. Pressionando a saída de bola dos vascaínos, Tiquinho recebeu passe errado de Paulinho, acionou Barreal na área para abrir o placar. O gol teve impacto no desempenho do time da casa, que esmoreceu e não conseguiu mais produzir chances para responder. Os comandados de Fábio Carille deixaram o gramado para o intervalo sob vaias e ofensas ao treinador vindas das arquibancadas.

Foto: Alexandre Loureiro/AGIF
Foto: Alexandre Loureiro/AGIF

Vegetti desequilibra um confronto de pouco controle

Santos saiu na frente em São Januário, mas Vasco se recupera na 2ª etapa e estreia vencendo

O que difere um jogo bom de um jogo movimentado? A vitória de virada do Vasco sobre o Santos por 2×1, em São Januário, pode ser didática para explicar a questão. A falta de capacidade para controlar o adversário, algo presente nos dois times, gerou uma partida repleta de transformações e reviravoltas. Melhor para o Gigante da Colina, que pôde contar com seu homem mais decisivo em ótima noite.

Vegetti fez o gol da vitória, aproveitando bela falta cobrada por Payet, mas também serviu o português Nuno Moreira quando o Peixe vencia o duelo. O Santos pareceu distante de apresentar uma identidade de jogo. Não sustentou o bom momento ao abrir o placar e não teve uma marcação tão eficaz ao tentar proteger o resultado.

Foto: Alexandre Loureiro/AGIF
Foto: Alexandre Loureiro/AGIF

ESCALAÇÕES

VASCO (Técnico: Fábio Carille)
Léo Jardim; Paulo Henrique, João Victor, Maurício Lemos e Lucas Piton; Hugo Moura (Jair), Paulinho (Tchê Tchê) e Philippe Coutinho (Payet); Nuno Moreira, Garré (Adson) e Vegetti.

SANTOS (Técnico: Pedro Caixinha)
Gabriel Brazão; JP Chermont, Gil, Zé Ivaldo e Escobar; João Schmidt (Diego Pituca), Gabriel Bontempo (Thaciano) e Barreal (Gabriel Veron); Rollheiser, Guilherme e Tiquinho Soares (Deivid Washington).

O jogo

A vitória parcial do Peixe em São Januário não representou necessariamente o retrato da total superioridade de um time sobre o outro, mas sim quem teve mais tranquilidade para aproveitar as chances que surgiram, além de deixar claro qual foi a área menos protegida do duelo. O Vasco até teve alguns bons momentos ofensivos, mas basicamente entregou um gol ao Santos.

Paulinho errou um passe, mesmo sem ser pressionado, e deu a bola nos pés de Tiquinho Soares aos 20 minutos. João Victor demorou a fechar a linha de passe para o argentino Barreal, e o meia bateu de cavadinha na saída de Léo Jardim para abrir o placar. Foi uma das primeiras vezes que o Vasco tentou avançar com passes curtos diante de uma pressão – não tão intensa – que o Santos tentou fazer.

Anteriormente havia feito lançamentos para Vegetti escorar e o time trocar passes no campo rival na sequência. Coutinho era participativo. Contava com constantes flutuações de Garré e Nuno Moreira a partir dos lados para trocar passes na faixa central. Lucas Piton era agressivo pela esquerda. Paulo Henrique mais comedido pela direita.

O Cruzmaltino conseguiu boas conexões pelo meio, mas pecou por ter pouca profundidade pela direita e por ocupar a área com poucos jogadores. A melhor chance veio justamente em uma das raras vezes que Nuno Moreira invadiu a área após tabelar com Hugo Moura. Zé Ivaldo impediu o gol. O Alvinegro Praiano cometeu menos erros em seu sistema defensivo, e teve agressividade pelos dois lados.

Escobar, além de marcar bem, avançou com ímpeto em diversos momentos. Mais liberado para atacar pelo corredor, em virtude das flutuações de Rollheiser, JP Chermont também esteve agressivo. Chegou a finalizar de dentro da área. Gabriel Bontempo foi outra peça importante para dar verticalidade ao Santos, seja em transições rápidas ou fazendo o time ”andar” em fase ofensiva.

Tiquinho fez bons pivôs fora da área para colocar o Peixe no campo de ataque, e distribuiu passes precisos na sequência. Barreal, além do gol, ofereceu cadência para controlar as ações. O Santos não conseguiu esse domínio o tempo todo, longe disso. Nos últimos 15 minutos do 1º tempo ficou acuado no próprio campo, mas não correu risco de sofrer o empate no período.

A torcida do Vasco se irritou com o cenário antes mesmo do intervalo e chegou a xingar o técnico Fábio Carille. A ansiedade nitidamente tomou conta dos atletas em campo e os erros se multiplicaram. Na volta para o 2º tempo, mesmo sem mexidas, o Vasco corrigiu detalhes ofensivos. Paulo Henrique se adiantou pela direita e a área passou a ser mais frequentada por Coutinho e pelos pontas.

Hugo Moura já tinha chegado perto de empatar pouco antes de acertar uma linda inversão de jogo para Lucas Piton pela esquerda. O lateral cruzou com perfeição na segunda trave e Vegetti ajeitou para Nuno Moreira marcar. O tento vascaíno fez o Santos voltar a buscar a bola por mais tempo. Se instalou no campo de ataque para isso. Quase voltou ao comando do placar em finalização de Guilherme.

O goleiro cruzmaltino voltou a aparecer com destaque logo depois, ao espalmar chute cruzado de Barreal. Nenhuma das duas equipes conseguia controlar a partida por mais de cinco minutos em sequência até aquela altura. O jogo foi ficando cada vez mais franco. Gabriel Brazão também se destacou ao realizar grande defesa em cabeçada de Vegetti.

As mexidas começaram a ser feitas na metade do 2º tempo. Tchê Tchê, Payet e Adson entraram no Vasco. Paulinho, Coutinho e Garré saíram. No Santos, Gabriel Veron e Deivid Washington substituíram Barreal e Tiquinho. Rollheiser passou a jogar na meia-central.

Foto: André Durão
Foto: André Durão

Além da manutenção da agressividade ofensiva e da boa atuação de Lucas Piton, o Vasco contou com Paulo Henrique muito mais ativo no 2º tempo. A força para buscar a virada passa bastante pelo crescimento do lateral-direito, que possibilitou variações de lado de ataque ao Cruzmaltino.

Payet contribuiu para o triunfo carioca logo depois de entrar em campo. Bateu com perfeição a falta finalizada por Vegetti aos 33 minutos. Cabeçada fulminante do argentino no canto de Brazão. O Santos ainda tentou pressionar com Pituca, Luca Meirelles e Thaciano em campo, mas esbarrou em um Vasco mais confiante e concentrado defensivamente.

Situação de momento

O Vasco larga o campeonato no alto junto ao grupo de times que somaram três pontos nesta primeira rodada. É o terceiro colocado atrás de Fortaleza e Juventude. Já o Santos se junta aos times que não pontuaram e ocupa a 15ª posição.

O Vasco mal tem tempo de comemorar a vitória. Quarta-feira (02) enfrenta o Melgar no Peru na primeira rodada da fase de grupos da Copa Sul-Americana. Já o Santos tem a semana cheia para treinar antes da próxima rodada do Brasileirão, quando enfrenta o Bahia no domingo (06), às 20h30.

Fala, Carille @#$*!

“Me preocupou muito depois que tomou o gol, porque a gente começou a errar muito, né? Temos que entender a impaciência da torcida, mas que eles apoiem o tempo todo. Vai apoiar só na vitória? Vem e apoia porque a gente está trabalhando muito sério aqui com os atletas. É muito fácil apoiar só quando está ganhando. Mas foi fundamental o torcedor vir nos apoiar, nos ajudar, mas é algo que eu peço aqui: ajuda até nos momentos difíceis.”

“É o 12º jogador nosso, eu sei o quanto é ruim jogar aqui com a torcida a favor nossa. Já passei essa experiência algumas vezes como auxiliar, como técnico e até mesmo como jogador. Muito feliz, casa cheia, muito gostoso vivenciar esses momentos. Mas que independentemente do resultado ou se a gente estiver jogando bem, apoie. Porque a gente começou a errar muito depois que tomou o gol, (errar) passes simples.”

O que eu mais falei no intervalo: “Quem comanda a nossa cabeça somos nós mesmos dentro de campo”. Tática (falei) nada porque estava um jogo igual, chances para os dois lados iguais, imagino eu. Um jogo grande, como é o Campeonato Brasileiro. É normal tomar gol. Se foi de erro ou não, é normal tomar gol. Mas a gente tem que continuar concentrado e principalmente, individualmente falando da parte técnica, o simples tem que fazer bem feito. Senão, a impaciência do torcedor aumenta e o nosso nervosismo dentro de campo também.”

” Isso já não é de hoje, já é de anos, é o que eu escuto das pessoas que trabalham no Vasco. Então, nessa hora eu não tenho que gritar nada no intervalo, e sim acalmar e trazer principalmente a situação de quem comanda a nossa cabeça somos nós. O torcedor não entra dentro de campo para tomar decisão. Temos que acertar e continuar fazendo o que estava planejado desde o início, independentemente de estar perdendo ou não.”

Fonte: GE / Redação Passatempo

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